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Ajudamos pessoas e empresas a contarem histórias

Olá, meu nome é Roberto Weigand, fundador do estúdio. Sou apaixonado por ilustração e design.

Comecei a desenhar profissionalmente ainda durante meu curso na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Queria começar a trabalhar logo, e comecei a fazer charges e desenhos para jornais de São Paulo.

Cobrindo férias de um ilustrador no extinto Notícias Populares, da Folha de São Paulo, tive a oportunidade de experimentar a ainda incipiente computação gráfica, o que, mais para frente, iria marcar minha carreira e se transformar em um diferencial técnico e criativo.

Em 1993, fui selecionado para ilustrar uma matéria especial sobre a Reforma Constitucional para a revista Veja. Abandonei a arquitetura e mergulhei na carreira de ilustrador.

Meu primeiro livro infantil, também de 1997, “Dez Sacizinhos”, recebeu o Prêmio Jabuti de Ilustração Infanto-juvenil, entre outros prêmios.

Logo voltaria à Veja para trabalhar no setor de infografia e ilustrar a seção “Guia”. Nessa fase, aprimorei meus conhecimentos de edição de imagens e softwares gráficos.

Em 1999, fui contratado para criar as capas da revista Istoé. Na revista, implantei um novo padrão de produção de capas, envolvendo planejamento, fazendo casting de modelos e cuidando da pós produção. Por esse trabalho, recebi dois Prêmios Esso de Criação Gráfica, em 2000 e 2002

Fui também colunista da revista Publish, na qual escrevia sobre criação, design e tratamento de imagem. 

Em 2004, abri meu estúdio de design e ilustração. 

Em 2009, fui consultor da estruturação do primeiro Curso Técnico de Ilustração do Senac SP.

Em 2012, publiquei o livro Isa Rosa, baseado nas peripécias de milha filha Isadora. 

Desde então, ilustrei obras de autores como Ana Maria Machado, Flavio de Souza, José Paulo Paes, Luciano Pontes, Luís Camargo, Rogério Andrade Barbosa, Ruth Rocha e Tatiana Belinky, entre outros.

Originalidade e frescor criativo

Dora Weigand

Ainda pequena, Dora se tornou personagem de um livro de autoria de seu pai, “Isa Rosa”, que contava a história de uma menina que só gostava da cor Rosa. Seu fascínio pela estética, pelas formas e pelas cores, representados no livro, marcaram sua personalidade.

Isadora Weigand cresceu literalmente entre livros, papéis, canetas e tintas. Na adolescência, teve uma forte formação artística, e desenvolveu um estilo próprio e contemporâneo de desenho, se destacando artisticamente inúmeras vezes entre seus colegas, por sua criatividade e talento natural para o desenho.

Um talento que que evoluiu muito com a experiência digital. Isadora entende o mundo atual e costuma brincar com ícones da cultura pop e comportamentos das redes sociais.

Apesar de muito jovem, Dora tem pensamento rápido, capacidade de produção e uma maturidade profissional raramente encontrada em pessoas de sua geração.

Ilustração de capa para a Editora AJS

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Aqui, nós adoramos a palavra escrita e a usamos para expandir sua mensagem para a melhor experiência do leitor.

Criatividade, comunicação e envolvimento, são ações que buscamos em nossas projetos e ilustrações.

Isso não quer dizer que também não procuramos soluções simples e diretas para determinados trabalhos, como ocorre bastante no mundo editorial.

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Ilustração para o livro Dez Sacizinhos, ganhador do prêmio Jabuti de ilustração Infanto-juvenil infanto-juvenil. De Tatiana Belinky. Editora Paulinas

1999 – O Prêmio Jabuti

O desafio

Em 1997 eu trabalhava muito fazendo livros didáticos. Mas meu interesse era a ilustrar livros infantis com mais frequência. Nesta época eu ilustrava uma coluna da escritora Tatiana Belinky na antiga revista Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo). Enviei este trabalho para a editora Paulinas, que resolveu me chamar para ilustrar um livro chamado Dez Sacizinhos.
O texto não era muito inspirador para criar imagens. Se tratava de uma adaptação de uma antiga parlenda, uma contagem regressiva usando pequenos Sacis. Eles eram dez e iam sumindo, um a um em cada página.
A história dava a impressão que eles estavam morrendo, e isto me preocupava. Como mostrar eles sumindo, sem ficar pesado para as crianças?

A solução

Para ficar mais divertida a conta, resolvi criar várias histórias dentro da história, dando dicas que os sacizinhos continuavam vivos. Por exemplo, quando um dos sacis come arroz mofado e sobram dois, desenhei os dois comendo sanduíches e deixei um prato vazio indicando que o terceiro havia comido arroz.

Inseri um banheiro em cena com a placa de “ocupado”, insinuando que o terceiro saci estava lá dentro, com uma baita indigestão. Inseri a figura da Cuca em todos os quadros, participando das cenas, deixando dúvidas se ela tinha algo a ver com o sumiço dos Sacis.

Também, para ajudar as crianças nas contas, coloquei animais ou insetos em cada página, com o número correspondente a quantidade de sacis. Nove sacis, nove pássaros, e assim por diante. Foram três meses de trabalho, onde busquei em minha memória situações de criança e as inseri na história.

A editora gostou tanto do resultado que mudou as especificações do projeto, melhorando a qualidade técnica e acrescentando uma sobrecapa. O livro foi inscrito no prêmio Jabuti e foi premiado, junto com “Cavalhadas de Pirenópolis”, de Roger Mello e “De Frente para o Sol, ilustrado por Demóstenes Vargas.

Conheça o projeto aqui

2000 – O primeiro Prêmio Esso

A tragédia do ônibus 174

Era uma tarde de segunda-feira. Saí da redação da revista Istoé para comprar cigarros em um dos botecos da Lapa de Baixo, em São Paulo, onde funciona a editora Três. Me dirigi ao balcão e notei uma aglomeração em frente à tevê do bar. Ao vivo, uma rede de televisão transmitia direto do Rio de Janeiro o sequestro do ônibus 174, onde um sobrevivente da chacina da Candelária mantinha reféns sobre a mira de uma arma. Uma das reféns escrevia com batom nos vidros do ônibus algo como “Ele vai matar geral”.
Fiquei olhando, perplexo, aquela cena durante alguns minutos e voltei à redação. Lá, acompanhei o desfecho trágico: em uma tentativa de libertar a refém, a polícia avança contra o bandido, dando tempo, porém, dele disparar sua arma. A refém estava morta, e o sequestrador, levado vivo em um camburão, não resistiu à fúria da polícia fluminense.

O desafio

Na quinta-feira, o diretor de redação, Hélio campos Mello, me passava esta pauta: fazer uma capa sobre violência no país a partir deste último acontecimento trágico. Eu não poderia, porém, utilizar as fotos do sequestro, que já haviam sido publicadas durante toda a semana.

Minha sugestão foi: “Vamos nos colocar dentro do ônibus, vamos colocar o Brasil lá dentro…”, e continuei sugerindo alguma frase escrita em batom. O Hélio olhou, pensou por segundos e disse ”Interessante, pode fazer”.

Aí veio o difícil. Bem, colocamos um ônibus da viação Gato Preto dentro do prédio da Editora Três. Luciane Tricerri, a produtora, conseguiu dez modelos, que representariam vários grupos étnicos e sociais do povo brasileiro: os estudantes, os negros, os idosos, os orientais, os aposentados, as crianças e etc.

Enquanto eu ficava dentro do ônibus dirigindo os “atores”, João Primo, o editor de fotografia, e Joca Alvarenga, o editor de arte, zelavam pela luz e pela composição da foto. Em meio a uma confusão de fios, luzes e assistentes, o fotógrafo e chefe de estúdio, Alex Soletto, buscava o melhor ângulo e o momento em que dez pessoas dariam sua melhor expressão de medo, simultaneamente.

Montei a capa no Photoshop, acrescentando a palavra “Medo”, escrita a batom, que fotografamos separadamente. A capa estava pronta para ir para a banca.

 

2002 – O segundo Prêmio Esso

Havia se passado alguns dias do sequestro do prefeito de Santo André, Celso Daniel. As informações surgiam desencontradas. A polícia tinha indícios de que ele poderia estar em um cativeiro dentro de uma favela na região do ABC.

Na manhã do dia 20 de Janeiro, porém, ele foi encontrado baleado em uma estrada perto de São Paulo. A tevê entrou ao vivo mostrando seu corpo coberto por um lençol.

Durante toda a semana não se falou em outra coisa. A violência tomava o Brasil de forma avassaladora. Nem o cidadão comum, nem eminentes políticos, ninguém poderia se sentir seguro neste país. Foi dessa forma que a pauta de capa da edição 1687 da revista Istoé me foi passada.

Imediatamente imaginei algo assustador, meio panfletário, e na terça-feira apresentei a versão ao diretor de redação, Hélio Campos Mello. Helio gostou muito. Fiquei tranquilo, pois a capa só fecharia na quinta-feira.

Mas justo na quinta me ocorreu outra idéia. Não me saia da cabeça a imagem do corpo do prefeito envolto em um lençol. Rabisquei rápido um esboço do país sendo envolto neste lençol e apresentei ao Hélio. Ele disse: “Faz! Pode ficar bom como ficar uma droga! Vamos ver”.

Liguei para o chefe de estúdio Alex Soletto e descrevi a cena. Enquanto ele se preparava para fotografar, mudei a idéia e decidi moldar o lençol no formato do mapa brasileiro e colocar alguém embaixo, representando o povo.

Desci para o estúdio e encontrei Alex. “Vamos fotografar com luz natural. Pode ficar mais legal.”, ele sugeriu. Fomos para a garagem do prédio e abrimos os grandes portões da editora. A luz do fim de tarde entrou e iluminou o piso desgastado do prédio. Era perfeito.

A textura do piso parecia um pouco com o de uma estrada de terra.  Desenhei o mapa no piso e moldei o lençol em cima do assistente, Welington. Fotografamos, a foto foi revelada e corremos para escanear no Birô da editora.

Montei a foto na capa e acrescentei o sangue, feito de manchas de café colorizadas. Apresentei ao Hélio, que usou seu bordão favorito quando gosta de alguma coisa: “Do c…”. Mesmo assim, ficou na dúvida entre as duas capas, e fez a votação na redação.

Felizmente essa versão saiu na banca. As cartas que chegaram à redação elogiando a capa foram publicadas em três edições, por falta de espaço. Mas a violência continua…”

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